Mulheres e conflitos ambientais: da invisibilidade à resistência
Na América Latina, o Dia Internacional de Luta das Mulheres, 8 de março, será marcado para sempre pelo assassinato de Berta Cáceres, em sua casa, em Honduras, no ano de 2016. Liderança indígena e feminista do Consejo Cívico de Organizaciones Populares e Indígenas de Honduras (Copinh), Bertita lutava contra megaprojetos corporativos que assolam a região, dando continuidade às expressões de sua colonização. Berta foi e será, sempre, uma referência para todas e todos que lutam por uma América Latina livre e soberana. Luta que revela o árduo caminho a ser percorrido pelos nossos povos, posto que a cada dia se aprofunda um cenário desolador de exploração e apropriação de nossos recursos e bens comuns, assim como de nosso trabalho, corpos e vidas. Por todos os rincóns avança a renovada ofensiva de acumulação de capital e poder, com a imbricação entre poderosos atores corporativos e os Estados e um conservadorismo regressivo.